O meu corpo segue no ritmo cadenciado dos dias que se seguem, falta-me o ar, sobram os dias nublados e frios.
No entanto gosto de olhar o dia gris pela janela, e gosto da sensação de segurança que observar me passa, não estou no meio deste frio cortante, estou como mera observadora deste louco tempo vida.
Tempo, o tinintar das horas, das minhas horas mais (in)exatas. Loucamente 24 horas não me saciam, tenho fome de mais, tenho ânimo de bem mais, e nessa hora sempre lembro da minha respiração ofegante.
Ultimamente tenho pensado em correr, mas lembro rapidamente que não posso. Como se cortassem minhas asas, um pobre pássaro sem ter asas. Então observo da janela as pessoas que correm, atravessam e se apressam.
Se eu pudesse correr, com certeza meus dias terão mais de 24 horas, correria como Forrest...
Mas já que não posso, observo com a ótica mais bela de quem deseja. Um dia eu corro...