segunda-feira, 9 de setembro de 2013



Até onde vai esse tal de amar(gar)?
Dos tenros abraços?
Desenrolados de espaços?
Do vazio?
Da impune ausência?
Provida da mais pura demência.
Da distância?
Até aonde isso vai nos levar?
Os espaços estão preenchidos
Dos sentimentos mais primitivos
(Há) vida?
(Á) vida?
Há a parte que falta 
A parte que nunca desata
Dos braços permeados pelos abraços
Dos lábios umedecidos pelo (não) beijo
Dos dias sem cor, gris
Da besta esperança de ser feliz
Do esperar
Do encontrar
Do que poderia ser
E que não se pode ter

                                Há espaços...

segunda-feira, 4 de março de 2013

Idéias loucas - volume 1

De um olhar veio uma idéia. De uma observação, uma certeza.

Venho analisado muito a vida por trás das amarras do facebook, pra ser sincera venho analisado o quão a verossimilhança é a falácia mais bem contada nos últimos tempos. Não somos ninguém, somos o que dizemos ser. Somos verdades, somos mentiras.

Tenho vivido permeada pela mentira de alguns e a franqueza de outros, uns vivem de forma coerente, outros vivem da contrariedade, nosso mundo (virtual) é um campo de guerra minado e vigiado. As pessoas se sentem mal ao sentir que estão sendo seguidas, falam mal do pensamento alheio, e eis que vem a contradição, o mundo é cheio disso, diga-se de passagem, como as pessoas sentem tanta ojeriza de algo e fazem o mesmo?

Eis a idéia de ser observadora e participante desse show, um espetáculo cheio de torturas e dores. Os seres humanos se torturam a todo instante e cogitam serem observados a todo momento, mas de fato estão!

A idéia veio no mesmo instante. Por que não notar toda essa contradição? Por que abandonar um campo de estudo tão vasto?

Eu continuo a espreita observando essa guerra (virtual) santa que muitos da espécie Homo sapiens resolveram declarar contra a sua própria sociedade.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Vinte e poucos anos

Ao acordar ouvira o Fábio Júnior cantar. Quero saber bem mais que os meus vinte e poucos anos. Havia sede de mundo, ela queria ir muito mais além de qualquer número ou qualquer mera obra do acaso, sentia a vontade de viver.

Era leve ouvir vinte e poucos anos, era revigorante. O pai ouvia a música com lágrimas nos olhos, lembrara dos seus vinte e poucos anos, que hoje somavam 50 e tantos anos.

Observava de longe...quieta...não queria ser ouvida, queria ouvir.

E foi neste momento que dos olhos do pai rolaram uma lágrima, das lembranças e das durezas dos 50 e tantos. E neste momento a criança que observava teve medo, dos vinte, trinta, quarenta... dos tantos anos que iriam vir. Teve vontade de correr, mas não podia...o tempo era mais rápido e, acima de tudo, maldoso.

Prometera a si mesma não chorar pelo que passou, evitar o tempo e deixar de lado o eterno tic-tac do crocodilo pra lá.

Porque o tempo destrói tudo.

Um brinde a Balzac que me espreita...


Você já sabe
Me conhece muito bem
E eu sou capaz de ir e
Vou muito mais além
Do que você imagina...
Eu não desisto
Assim tão fácil meu amor
Das coisas que
Eu quero fazer
E ainda não fiz
Na vida tudo tem seu preço
Seu valor
E eu só quero dessa vida
É ser feliz
Eu não abro mão...
Nem por você
Nem por ninguém
Eu me desfaço
Dos meus planos
Quero saber bem mais
Que os meus 20
E poucos anos...
Tem gente ainda
Me esperando prá contar
As novidades que eu
Já canso de saber
Eu sei também
Tem gente me enganando
Ah! Ah!
Mas que bobagem
Já é tempo de crescer
Eu não abro mão...
Nem por você
Nem por ninguém
Eu me desfaço
Dos meus planos
Quero saber bem mais
Que os meus 20
E poucos anos..
(Vinte e poucos anos)